“Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida.” (João 5:24 – NVI)
“Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”
Mateus 6:10
“… Constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações”
1Samuel 8:5
“Quando entrares na terra que te dá o SENHOR, teu Deus, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Estabelecerei sobre mim um rei, como todas as nações que se acham em redor de mim, estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei aquele que o SENHOR, teu Deus, escolhe”
Deuteronômio 17:14-15
Nos dias atuais não temos vivido sob o governo de um rei, mas mesmo que consideremos que, o fato de termos um presidente em nosso país se assemelhe alguns aspectos, as diferenças de um sistema monárquico para o democrático é muito grande. Podemos pensar somente na delegação de ordens, pois mesmo que um presidente decrete algo, isso pode ser barrado por outras pessoas de poderes como o legislativo e judiciário. Diferentemente na monarquia, toda palavra do rei era absoluta e não podia ser questionada, para se ter noção, no império medo-persa (500 a.c.) após o rei criar um decreto, nem ele poderia anular o que decretou. Também há uma outra diferença, dependendo do país, a cada 4 ou 5 anos um novo presidente é eleito, já na monarquia o rei permanece enquanto estiver vivo, e somente após a sua morte um herdeiro assume o seu lugar, dando a continuidade da família real.
Essa análise se faz necessária para que compreendamos os propósitos de Deus, pois Ele próprio já sabia que o povo de Israel um dia iria pedir por um rei (Dt 17:14), esse foi o motivo pelo qual Deus deixou avisado que seria Ele próprio quem iria o escolher, afinal já havia preparado um Rei desde os tempos eternos. Bem esse momento chegou a Israel, quando Samuel era o profeta que falava ao povo tudo que Deus lhe ordenara, em um sistema teocrático, onde Deus é quem governa. Quando isso aconteceu, o povo rejeitou não somente as Suas ordens bem como Ele próprio, porém, mesmo sem ser o momento adequado Deus lhes concedeu um rei. Mas apesar disso, aquele rei que Deus realmente havia preparado para governar somente viria mais tarde.
Todos nós somos como a nação de Israel o foi, rejeitamos as ordens e o governo de Deus para vivermos em nossos próprios prazeres e pecados, e para isso entronizamos um rei em nosso coração. Porém geralmente não somos tão monárquicos para manter sempre o mesmo rei, as vezes somos um pouco mais “democráticos” e o substituímos de tempo em tempo. Sim! Todos nós nos tornamos “súditos” de alguém ou de alguma coisa, o que pode ser o dinheiro, nosso trabalho, o carro que tanto cuidamos, o futebol, e até um filho, enfim qualquer coisa que ocupe nosso tempo, mente e desejo. Caso nunca tenha pensado nisso, pergunte-se a si mesmo: No que mais pensa durante meu dia? O que mais deseja fazer durante o seu dia? O que mais considera importante? Sim! Essas respostas irão revelar um rei, e talvez mais algum príncipe em nossos corações.
Justamente por sermos assim que Jesus nos ensina a orarmos “venha o Teu Reino, faça-se a tua vontade”, sim!! Ele sabe que temos reis entronizados em nossos corações, e que todos estes nos afastam do governo do verdadeiro Deus, motivo pelo qual não podemos nos achegar a Ele de maneira adequada, pois do mesmo modo com que Ele disse que escolheria Um Rei para Israel, também o fez para nós. Afinal Ele quer que Jesus seja entronizado em nossos corações, para que dediquemos nosso tempo à Ele, para que o amemos, para que nosso desejo seja O conhecer e estar com Ele, para que digamos: “faça-se a Tua Vontade assim na terra como no céu” e em nossas vidas. Mesmo que em um primeiro momento isso exija renúncia de quem somos, de nossos desejos e vontades, o que de fato pode ser doloroso e difícil pois teremos a sensação de “perder algo”, porém de outro lado estaremos fazendo parte de um Reino que não pode ser abalado, onde o Rei que reina é justo, amoroso, cheio de terna misericórdia e compassivo (Ti 5:11).
Jesus não foi enviado por Deus para vir ao mundo, pregar o Evangelho, morrer na cruz pelos nossos pecados, ressuscitar e voltar para os céus a fim de ficar coçando a cabeça sem saber o que fazer. Não! Pois Ele foi recebido em glória, está vivo e intercedendo por nós juntamente do Pai. Sim, esse mesmo que um dia veio como servo, destituído de todo Seu poder irá voltar, agora porém com grande glória e poder, para que tudo se dobre diante do Seu Governo, a fim de Reinar sobre tudo e sobre todos.
Um reino de paz, justiça e alegria (Rom 14:17)! Sim é essa a definição que Paulo nos dá para o Reino de Deus! E é exatamente esse Reino que Jesus nos ensina a almejar. Nada de cargos públicos, e eleições para se conseguir um posto, não! Pois no Reino de Deus todos aqueles que anseiam por sua vinda já são não somente eleitos, como também são: sacerdócio real, nação santa e também fazem parte de um povo de propriedade exclusiva de Deus! (1Pe 2:9).
Ore! Clame a Deus para que esse Reino faça parte da sua vida, e que Cristo possa habitar no seu coração a fim de que você também seja um habitante eterno na Casa de Deus (Jo 14).