“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;” (2 Timóteo 3:16 – ACF)
“Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis, e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte. Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.”
João 20:6-8
Quando lemos o Evangelho de Marcos, veremos que foram registrados três momentos em que Jesus declara claramente aos discípulos o que iria acontecer consigo. Essas passagens estão registradas em Marcos 8:31; 9:31; 10:33. Não temos como saber se houveram mais momentos em que Jesus tenha declarado seu futuro tão detalhadamente, mas o que sabemos é que mesmo Ele tendo feito isso, os seus discípulos demoraram para atentar às Suas palavras.
No dia da preparação para a festa do Sábado de Páscoa, Jesus morreu na cruz, e como prova de Sua morte temos as testemunhas que viram a lança sendo cravada em seu lado, de onde saíram água e sangue. Porém, a morte não o pode reter, e por isso Deus o ressuscitou.
Os discípulos já haviam presenciado Sua morte, mas também sabiam, por Suas próprias palavras que Ele iria ressuscitar. No verso citado vemos a reação de Pedro e de João ao chegarem no sepulcro, e por isso sabemos que João, quando viu o sepulcro vazio, creu na Sua ressureição. Entretanto, nenhum de todos os discípulos estava aguardando pela ressureição, mesmo que declarada tão claramente, tanto pelas escrituras, como pela própria boca de Jesus.
Com certeza não seria um momento muito propício para os discípulos lembrarem de Sua ressureição, pois tinham acabado de presenciar toda dor do sofrimento e da morte. Além de também ficaram desamparados, e sem seu Mestre. Entretanto, mesmo isso ocorrendo, podemos saber que João viu e creu!
João creu! E por isso testemunhou da ressureição e das obras feitas por Cristo como nenhum outro. João tinha um apreço especial pelo Senhor Jesus, ele tinha uma intimidade maior, ele reclinava sua cabeça sobre o ombro do Mestre, João é descrito como o discípulo a quem Jesus amava. Sim! Foi Ele quem Jesus escolheu para viver mais que os outros, e mesmo em meio à solidão e ao exílio, recebeu a revelação das coisas que iriam acontecer.
João não viu e creu porque tinha uma mente mais brilhante, mas sim porque amava o Senhor Jesus muito intensamente. Por isso Deus lhe incumbiu essa missão de testemunhar sobre o que aconteceu, e também sobre o que vai acontecer.
As suas palavras são de verdade, e tudo que Ele escreveu vai se cumprir. Por isso como não creremos nós? Hoje podemos ignorar os sinais, os acontecimentos, mas não podemos impedir as profecias de serem cumpridas. Seria tão fácil para os discípulos crerem que Jesus ressuscitaria, com toda a clareza que Ele passou, mas não creram em primeira instância. E quanto a nós? Mesmo rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, será que continuaremos não crendo? Crendo em sua ressureição, crendo em sua salvação, em Sua vinda, em seu Juízo? Quantas vezes os Senhor precisará falar até que venhamos a crer?
Que não sejamos como o centurião e os soldados que após terem crucificado Jesus disseram “verdadeiramente este era Filho de Deus” (Mat 27:54). Mas que venhamos a crer e a amar ao Senhor, de maneira que possamos, assim como João, testemunhar dEle, e sermos salvos.