A cura que precisamos

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“Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.”

Mateus 4:3

Nas mensagens anteriores tivemos a oportunidade de discorrer sobre o ensino nas sinagogas e a pregação do Evangelho que Jesus realizava ao percorrer a Galileia. Neste momento é necessário discorremos sobre a terceira ação que Jesus efetuava: curar doenças e enfermidades.

Esse é um dos temas que mais geram controvérsias quanto à sua interpretação, por isso precisamos ser cautelosos ao analisarmos as curas que Jesus realizava, mantendo como plano de fundo os autores que as descreveram e como essas doenças eram vistas naquela época.

A primeira coisa importante que precisamos entender é que as enfermidades e doenças entraram no mundo junto com a morte, no momento em que surgiu o primeiro pecado com Adão. Após isso todos ficaram suscetíveis à esses problemas. Portanto todo o povo daquela época teve entendimento de que qualquer doença ou enfermidade tinha ligação com algum pecado. Podemos ver isso na oração de Salomão: “quando … houver alguma praga ou doença …perdoa e da a cada um segundo todos os seus caminhos … para que te temam” (1Cr 6:28-31), pois se houvesse qualquer coisa de ruim, Salomão entendia que era porque havia pecado do povo e falta de temor, sendo necessário perdão e arrependimento.

Em segundo ponto as pessoas na época de Jesus não estavam acostumadas com milagres de cura e muito menos na quantidade que Jesus realizava, pois o que elas conheciam disso era relacionado aos exporádicos eventos do velho testamento, como as ressurreições por intermédio de Elias e de Eliseu, bem como a cura de Naamã, um leproso. Porém nada para eles se comparava com as ações que Jesus realizava.

Se a origem de todo mal, como enfermidades e doenças é o pecado, podemos concluir que para vencer todo esse mal, é necessário autoridade sobre o pecado. Sendo assim, Jesus detém o poder de tratar o pecado, e por consequência o mal e seus derivados, sejam doenças e enfermidades.

Portanto Jesus não poderia fazer diferente, pois além de perdoar, Ele também curava, entretanto fazia isso com o motivo de que as pessoas se arrependessem de seus pecados. O poder de curar mostrava Suas prerrogativas divinas de poder e autoridade sobre tudo, como testemunho de que Ele é o Messias e que estava cumprindo todas as profecias que lhe diziam respeito.

No Evangelho de Lucas 17, versos 11-19 vemos dez leprosos que foram curados, todos pediram misericórdia de Jesus, porém somente um deles realmente retornou arrependido, dando glória a Deus e adornado a Jesus. Essa acontecimento mostra que não é uma cura que pode mudar as pessoas, mas sim o reconhecimento interno do pecado.

Podemos estar passando por muitas dificuldades em nossas vidas, enfrentando doenças, males, problemas em diversas áreas, todas coisas legítimas, mas que podem nos deixar em um ponto em que não vemos mais nenhum recurso em nossa frente. Talvez é nesse momento que acabamos buscando à Deus. Porém se formos à Ele somente com o desejo de sermos curados, até pode ser que assim Deus o faça, porém se compreendermos que somos pecadores e nos arrependermos, podemos ter certeza que nos achegaremos à Ele e seremos curados dos nossos pecados, e quem sabe Ele de quebra ainda nos dê a benção física da cura das nossa enfermidades.

Porque você vai à Cristo? Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado? (Pr 20:9) Quem pode curar a si mesmo? Renda-se à aquele que pode te curar, mas também pode perdoar os pecados e te salvar!

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